domingo, 24 de julho de 2011

O abismo

Conversando com um amigo hoje acabei relendo "A Piada Mortal", pra quem não conhece (o que eu acho um sacrilégio) é uma história escrita por Alan Moore (que se você também não conhece, dica: se mata!) que conta dois itens importantes das histórias do Batman, o passado do Coringa e como a Barbara Gordon (a.k.a. Batgirl) ficou em uma cadeira de rodas, que aliás, acabou se tornando a Oráculo. Enfim, essa história não tenho um grande peso só na D.C., tem um grande peso moral para mim e outros grandes lunáticos que conheço, chego até à comparar o peso em assistir "O Poderoso Chefão" (que se você não viu, não merece respeito!).

Na história, escolhida como o passado definitivo do sr. J, o Coringa tenta deixar o comissário Gordon louco à fim de provar que não existe diferença entre ele e qualquer outro homem, que todos somos propensos à ver o mundo como ele vê, basta somente um dia ruim para isso acontecer.

Não é preciso ser um lunático para concordar com o Coringa, basta pensar um pouco na própria vida, nas coisas que acontecem, tudo aquilo que te empurra mais e mais para a ponta do abismo que separa a sanidade da loucura. Quanto maior for a dose de realidade que você recebe à cada dia, mais perto da borda você está, afinal, qual pessoa consegue manter a sanidade perante as bizarrices do mundo?

Eu te respondo meu amigo: os que apenas vivem por viver, o homem (espécie e não gênero) comum.


Acho engraçado que usando frases como "homem comum" muitas pessoas já levantam a bandeira e dizem: "eu sou diferente, eu penso por conta própria", pois bem "pessoa diferente", o que te faz de diferente dos outros? Nesse simples pergunta consigo N explicações, N exemplos, mas a pessoa esquece que à 10 minutos estava comentando com grande afinco sobre novela, BBB, futebol e afins, como se fossem as coisas mais importantes do mundo.

Até concordo que todos precisamos de válvulas de escape de todas as coisas que acontecem, mas eu realmente odeio certos tipos de fanatismos, torcedores brigando por time, pessoas se matando por partidos políticos, espectadores de BBB se "estapeando" por pessoas desconhecidas, religiosos brigando pra ver qual "deus" é melhor.

Apenas espero que se matem longe de mim.

Voltando ao que interessa, na história o Coringa levou o comissário Gordon até a beira do abismo e o lançou à fim de deixá-lo louco, pois bem, pra quem leu a história, pode perceber que ele não foi longe o bastante, afinal o Gordon apenas ficou muito puto da vida.

As implicações morais em histórias como essa são gigantes, pelo menos para qualquer pessoa que seja boa de interpretação de texto ou ao menos já esteja no caminho da loucura.

 Algumas histórias são medidores de insanidade, e "A Piada Mortal" é uma delas, uma história que causa reações únicas nas pessoas, mas fico intrigado com as pessoas que categorizam como "apenas uma história em quadrinhos", pois não é apenas isso, muitas coisas da vida não são apenas o que aparentam, tudo depende do sentimento que você está guardando quando está vendo, pois os sentimentos pavimentam a estrada para o abismo, tudo isso que você guarda com você, todo amor, ódio, amizade, inveja, orgulho e o que mais vier, vão te levar ao abismo, e no fim, você vai perceber que, na verdade a estrada não era tão longa assim, você é que caminhava ao lado do abismo, mas o mundo colorido à sua volta te tirava a atenção dele.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

As vezes você se lembra...


obs.: ainda não tenho tumblr, rs.

domingo, 10 de julho de 2011

É Phoda... [2011]

Existem dias que você acorda e sabe que algo desagradável vai acontecer, ou melhor ainda, você vai fazer algo desagradável, é simples assim, você apenas sabe, e dias assim são os mesmo que não será possível contar com os amigos, amigas, vocês da mente, grilo falante ou entidade de outra dimensão, você vai fazer a merda e na hora vai gostar, por 1 segundo, mas depois vai odiar o que fez, odiar aquilo que aconteceu.

"Sanidade e felicidade são uma combinação impossível." - Mark Twain
Jogar a culpa das coisas que acontecem no destino não é algo muito justo com o coitado, afinal somos todos livres para escolhermos o que fazer. Quer jogar a culpa em algo? Culpe o álcool, mas lembre-se que foi você quem escolheu exagerar. Quer culpar alguém? Culpe à sim mesmo, afinal, a escolha foi sua mesmo.

Existe uma pequena diferença entre fazer acontecer e deixar acontecer, por mais que não pareça, em ambos os casos você acaba tendo culpa, por menor que ela seja, agora como você vai lidar com essa culpa é escolha tua.
Tem gente que ama muito
Mas depois quer se livrar do amor
Pra conseguir um novo amor
Ou pra conseguir a vida que tinha antes do amor
Porque o amor muda tudo
O jeito que você segura o talher
Ou o jeito que você anda na rua
O amor incomoda
O amor é foda.

Saco de Ratos - O amor é phoda